Goiânia, 21/10/2024
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O Globo fala de "crise sem fim" provocada por Marconi no PSDB de SP

12/03/24

A turbulência no PSDB de São Paulo atingiu um novo ápice com a anulação da eleição que havia conduzido Marco Vinholi à presidência da executiva estadual do partido. A direção nacional da legenda tomou a decisão após acusações de membros ligados ao presidente nacional, Marconi Perillo, de que Vinholi teria desrespeitado as regras partidárias ao convocar eleições virtuais sem o devido procedimento oficial.

Segundo os críticos de Vinholi, a convocação para a eleição não seguiu os trâmites estatutários, não convocando todos os integrantes do diretório estadual por meio de ata oficial. Marconi Perillo, em resposta, declarou estar empenhado em pacificar o partido antes de tomar novas decisões: "Estou trabalhando para pacificar. O entendimento é pacificar o partido. Só depois disso é que eu vou designar uma direção nova", afirmou.

A eleição que resultou na escolha de Vinholi como presidente ocorreu de forma virtual em 6 de março, mas foi contestada pelos opositores. Vinholi, por sua vez, nega qualquer irregularidade, afirmando que a própria diretoria estadual convocou a eleição virtualmente. O ex-deputado estadual, aliado de João Doria, argumentou que a eleição contou com a participação expressiva da maioria do diretório, representando a vontade da maioria do partido em São Paulo.

A decisão de anular a eleição de Vinholi foi tomada em uma reunião da executiva nacional do PSDB, com 30 votos favoráveis. José Anibal, atual presidente do diretório municipal de São Paulo, criticou a postura agressiva de Vinholi, destacando que o partido busca unidade em meio às divergências. Vinholi já havia presidido o diretório estadual até novembro, quando foi destituído por Eduardo Leite, então presidente do partido.

As divergências quanto à forma de escolha da executiva estadual se intensificaram com a divulgação de mensagens de uma lista de transmissão do WhatsApp do partido, obtidas pelo jornal O Globo. As mensagens revelam um adiamento da reunião virtual, levantando questionamentos sobre a legalidade do processo eleitoral. Para aliados de Perillo, a eleição não poderia ter ocorrido naquela data. No entanto, Vinholi argumenta que o adiamento não teria efeito prático e que caberia ao diretório, e não à executiva provisória, convocar ou adiar reuniões.


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