17/03/24
No mais recente episódio do PodFalar da Rádio Sagres, os jornalistas Rubens Salomão e Samuel Straioto abordaram uma questão crucial para o futuro de Goiânia: o aumento do déficit habitacional na gestão de Rogério Cruz. Diante desse cenário, surge a necessidade de encontrar soluções eficazes para enfrentar a falta de moradia na capital goiana nos próximos anos.
O crescimento urbano é um fenômeno global que apresenta diversos desafios para Prefeitura de Goiânia, e um dos mais urgentes é o déficit habitacional. No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 84% da população vive em áreas urbanas, e quase seis milhões de famílias enfrentam a falta de moradia adequada.
Em Goiânia, assim como em todo o estado de Goiás, análises baseadas no Cadastro Único (CadÚnico) indicavam uma melhoria gradual na situação habitacional entre 2017 e 2020. No entanto, após o impacto da pandemia de COVID-19, essa tendência positiva foi revertida.
A partir de 2021, observou-se um aumento significativo no déficit habitacional. O número de famílias cadastradas em programas sociais saltou de 205 mil, em dezembro de 2018, para 440 mil em janeiro de 2024, apenas na capital goiana. Diante desse cenário, Rubens e Samuel entrevistaram a arquiteta e urbanista Lana Jubé, conselheira nacional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR), para discutir soluções para a crise habitacional em Goiânia.
Lana ressaltou que enfrentar o déficit habitacional vai além da simples construção de moradias populares. É fundamental investir na implantação de infraestrutura urbana, como transporte público eficiente e serviços básicos de qualidade, incluindo saneamento, energia, pavimentação, saúde e educação.
Além disso, Lana destacou a importância de debater profundamente questões relacionadas à habitação social e urbanismo durante as eleições municipais. A promoção de políticas públicas integradas e sustentáveis é essencial para garantir o acesso à moradia digna para todos os cidadãos de Goiânia, enfrentando assim os desafios impostos pelo crescimento urbano desordenado e pela desigualdade socioeconômica.
