23/03/24
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), corre o risco de ser acionado por improbidade administrativa devido ao não cumprimento de uma exigência legal relacionada à prestação de contas de sua gestão. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é obrigação do chefe do Executivo municipal apresentar, em audiência pública na Câmara Municipal, o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro de cada exercício.
Entretanto, Cruz não realizou a prestação de contas do 2º e do 3º quadrimestre de 2023, o que o coloca em uma situação delicada perante a lei. A audiência pública agendada para discutir o 3º quadrimestre foi adiada devido a alegações de saúde do secretário de Finanças de Goiânia, Vinícius Henrique Alves, responsável pela exposição dos dados técnicos.
Além desse problema, a gestão de Cruz enfrenta desafios estruturais, incluindo baixo volume de investimentos e aumento considerável das despesas de custeio. Recentemente, a administração municipal foi alvo de uma investigação da Polícia Civil sobre um grande esquema de corrupção, atingindo figuras-chave do governo, como o secretário de Infraestrutura Urbana, Denes Pereira, e o presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Luan Alves.
Dados divulgados pela própria Prefeitura de Goiânia revelam um aumento significativo nas despesas com pessoal em 2023, atingindo uma alta de 22,9% em relação ao ano anterior. Esse aumento resultou em um crescimento do déficit orçamentário, com dificuldades para executar o orçamento planejado.
Apesar das tentativas de equilibrar as finanças municipais, a disponibilidade líquida de caixa referente aos recursos não vinculados registrou uma queda significativa, evidenciando os desafios enfrentados pela administração de Cruz para lidar com a gestão financeira da cidade.