29/03/24
Durante a Prestação de Contas do 2º e 3º quadrimestre de 2023, realizada nesta terça-feira, 26, na Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) apresentou dados sobre a situação financeira da capital. De acordo com o secretário de Finanças, Vinícius Henrique Alves, o déficit atingiu R$ 111 milhões, mesmo com um crescimento nominal da receita.
Os números revelam que a receita do 3º quadrimestre de 2023 alcançou R$ 8,23 bilhões, representando um aumento nominal de 4,63% em relação ao ano anterior, que registrou R$ 7,52 bilhões. No entanto, o crescimento das despesas, especialmente os gastos com pessoal e encargos, contribuíram significativamente para o déficit.
Segundo o relatório da Secretaria de Finanças (Sefin), as despesas totais cresceram mais de R$ 1 bilhão entre 2022 e 2023, saltando de R$ 7,10 bilhões para R$ 8,34 bilhões. Um dos maiores aumentos foi registrado nos gastos com pessoal e encargos, que subiram de R$ 3,39 bilhões para R$ 4,21 bilhões no período analisado.
O prefeito Rogério Cruz justificou o aumento das despesas como resultado do incremento de investimentos, especialmente após a paralisação de diversas obras durante a pandemia. "É normal que tenhamos déficits, uma vez que estamos investindo muito dinheiro público", afirmou em coletiva de imprensa.
Apesar dos desafios financeiros, Cruz assegurou que a administração municipal está trabalhando para normalizar a situação das contas públicas. Ele destacou o aumento da arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS), que superou o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) como principal fonte de receita do município no último ano.
Durante a Prestação de Contas, servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) marcaram presença na galeria do plenário, manifestando-se contra a gestão municipal. Entre os protestos, clamavam por mudanças e resistiam à privatização da empresa pública.
