Goiânia, 21/10/2024
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Número de imóveis vagos em Goiânia aumenta na gestão de Rogério Cruz

03/04/24

O perfil urbano de Goiânia tem sido marcado por uma crescente onda de desocupação de imóveis residenciais, especialmente em áreas consideradas nobres e antigas da cidade. De acordo com dados do Censo Demográfico 2022, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de um em cada cinco imóveis residenciais em 12 áreas de Goiânia está vago. Esse cenário tem sido relacionado à especulação imobiliária e ao alto custo de vida nessas localidades. Como resultado, o número de imóveis vagos em Goiânia aumenta durante a gestão de Rogério Cruz (Republicanos).

A capital conta atualmente com 653,8 mil domicílios, e aproximadamente 16% deles estão sem uso para fins de moradia. Essa taxa de desocupação é mais evidente em setores como Marista, Bueno, Centro, Campinas e Sul. Segundo especialistas, o crescimento no número de imóveis desocupados está intrinsecamente ligado à especulação imobiliária, que muitas vezes aguarda a valorização dos imóveis antes de disponibilizá-los no mercado, além de outras formas de investimento consideradas mais atrativas.

O coordenador operacional do Censo Demográfico 2022 em Goiás, Daniel Ribeiro de Oliveira, disse ao jornal O Popular que, embora o número de domicílios particulares na cidade tenha aumentado significativamente em comparação com o censo anterior, o crescimento populacional não acompanhou esse ritmo. Especificamente, Marista, Bueno e Conjunto Itatiaia testemunharam um aumento expressivo tanto no número de domicílios quanto na população residente, indicando uma dinâmica peculiar nesses locais.

Para o especialista em Planejamento Urbano e Ambiental, Gerson de Souza Arrais Neto, a especulação imobiliária tem sido um fator determinante para o aumento da desocupação de imóveis em Goiânia e em todo o Brasil. Essa prática, que busca lucrar com a valorização dos imóveis ao longo do tempo, muitas vezes deixa residências fechadas, gerando problemas como insegurança pública e deterioração do ambiente urbano. Neto ressalta ainda que essa situação vai de encontro à função social dos imóveis, que é proporcionar moradia adequada à população.

Em meio a esse cenário, a gestão municipal enfrenta o desafio de lidar com a desocupação de imóveis em áreas estratégicas da cidade, buscando alternativas para reverter esse quadro e promover o uso adequado do espaço urbano. Enquanto isso, a população continua a observar mudanças significativas na paisagem urbana da capital goiana, reflexo das dinâmicas econômicas e sociais que moldam a cidade.


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