04/04/24
Como nenhum grande desastre é protagonizado sozinho, o caso da gestão Rogério Cruz (Republicanos) tem um personagem alvissareiro: o chefe de gabinete do prefeito José Alvez Firmino, que até esta quarta-feira, 03/04, também acumulava o cargo de secretário particular.
Este último agora com um novo títular: o delegado aposentado da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) Edson Carneiro Caetano, indicado por Firmino. Como o neófito não terá liberdade para frear o atabalhoado todo poderoso do quinto andar, a mudança é o mesmo que trocar seis por meia dúzia.
Firmino, o paraibano incaível da gestão Cruz, tem uma biografia que explica bem o motivo da agenda do prefeito ser como é. No exército ele usava o codinome Marcos Oliveira dos Santos. Segundo matéria de Cileide Alves em setembro de 2023, o chefe de gabinente foi araponga nos anos 90 para se infiltrar em sindicatos, entidades estudantis e partidos políticos, entre eles o PT.
Firmino adquiriu hanseníase em uma missão e tentou transferência para a reforma por invalidez, em 1997, mas o pedido foi negado e ele, transferido para Goiânia.
Em 2000, o cabo conseguiu ser reformado por “incapacidade decorrente de problemas psiquiátricos”, segundo reportagem da Folha de S.Paulo (28/01/2002), depois da interferência junto ao Exército pelo então deputado federal Pedro Wilson Guimarães (PT), que presidia a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.