04/04/24
A liderança do ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) enfrenta um momento de turbulência. Após a saída do senador Izalci Lucas (DF) para o PL e com a iminente perda de até 40% dos prefeitos do partido durante a janela partidária, que encerra em 5 de abril, o cenário político para a legenda não é nada animador.
Em um contexto nacional, o PSDB registrou uma queda expressiva no número de prefeitos eleitos desde 2020. Atualmente, o partido conta com 345 prefeitos em todo o país, o que representa uma diminuição de 35% em relação ao último pleito municipal. Em São Paulo, por exemplo, o PSDB perdeu 139 cidades para o PSD de Gilberto Kassab.
Diante desse cenário, o PSDB estabeleceu uma meta modesta para as eleições de 2024, almejando eleger apenas 300 prefeitos em todo o país. Uma das razões para esse declínio é a falta de lideranças nacionais que possam impulsionar a imagem do partido em âmbito nacional.
Enquanto o PL conta com Jair Bolsonaro e o PT com Lula como principais figuras de apoio, o PSDB enfrenta uma carência de lideranças de destaque para conduzir uma campanha eficaz. Internamente, o apoio a Simone Tebet (MDB) nas eleições presidenciais de 2022 é visto como um erro estratégico, já que nomes como João Doria e Eduardo Leite poderiam ser fundamentais para fortalecer a presença do PSDB nas disputas municipais.
