05/04/24
No dia 6 de abril de 2018, o então governador Marconi Perillo (PSDB) renunciava ao mandato de governador para ser candidato ao Senado Federal – eleição em que seria derrotado em outubro daquele ano. O tucano deixava o poder após dois mandatos consecutivos, iniciados em janeiro de 2011. Antes, Marconi também havia administrado o Estado entre 1999 e 2006, em outros dois mandatos.
A data em que Marconi deixou o comando da gestão estadual hoje é motivo de celebração para o povo goiano. Nos últimos anos em que o tucano estava no Poder, Goiás viveu tempos tenebrosos com a gestão estadual constantemente frequentando as páginas policiais.
Em um breve resumo, Marconi endividou, faliu e vendeu a ‘preço de banana’ a Celg, então a maior empresa pública do Centro-Oeste. A gestão estadual foi alvo de diversas operações que investigava desvio de dinheiro público, entre elas, a Cash Delivery e Decantação, que prendeu diversos agentes públicos.
Neste mesmo período, Goiás havia sido transformado em um dos mais violentos do País. Entre 2013 e 2015, o Estado figurou entre os cinco com maior número de homicídios. Quase 3 mil pessoas foram assassinadas em 2014, no auge da inoperância do governo Marconi. Nesse mesmo período, 15 mil veículos eram roubados/furtados. O povo goiano enfrentava uma guerra e não sabia.
Com tantos escândalos e desmandos, as contas públicas foram destruídas. Nos últimos meses, servidores viviam apreensivos se teriam ou não salários no final de cada mês. Ao deixar o Poder, Marconi deixou o Estado com uma dívida de curto prazo de quase R$ 7 bilhões e um total superior a R$ 20 bilhões, além de centenas de obras paralisadas.
Quando Marconi ensaia um retorno político em Goiás, como ele afirmou em evento do PSDB, a população se divide entre o desdém e uma certa apreensão. Por enquanto, o melhor é comemorar os 6 anos em que Marconi passou a ser apenas uma lembrança de um tempo muito ruim.
