14/04/24
A gestão municipal de Goiânia enfrenta críticas pelo descaso e da crise no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), revelada por alertas desde 2021, quando a Prefeitura foi informada sobre os riscos iminentes de hospitais suspenderem os atendimentos devido a atrasos nos repasses financeiros. O prefeito Rogério Cruz foi pessoalmente notificado sobre a urgência de um aporte de R$ 25 milhões, mas apenas parte desse valor foi autorizada, ficando retida na pasta de Finanças e não chegando ao Imas.
Em 2022, a crise se agravou, com a Associação dos Hospitais Particulares de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) alertando sobre a possibilidade de paralisação dos atendimentos devido a atrasos de até cinco meses nos pagamentos. Após o anúncio, o então presidente do Imas foi exonerado e a Prefeitura realizou um repasse de R$ 5,2 milhões para cobrir parte dos débitos, permitindo a retomada dos atendimentos.
À época, o presidente do Imas, Júnior Café, relatou dificuldades para contornar a crise, ressaltando que o aporte financeiro autorizado não chegou ao instituto, comprometendo sua capacidade de gestão. Café mencionava que não recebeu explicações sobre o bloqueio dos repasses, atribuindo a decisão à Secretaria de Finanças em conjunto com a Secretaria-Geral da Governadoria.
Diante das críticas, a Prefeitura indicou que os repasses financeiros são condicionados ao cumprimento de procedimentos organizacionais, incluindo apresentação de planejamento financeiro e balanços mensais em dia.