24/04/24
Os moradores do Setor Sul, em Goiânia, expressam preocupação com as condições de abandono em que se encontra o bairro. Problemas como o mato alto, a falta de iluminação adequada e o descarte irregular de lixo e entulho têm sido recorrentes, levando os residentes a pedirem medidas urgentes de manutenção e revitalização das áreas públicas, como praças e bosques.
Segundo relatos dos moradores ao jornal O Popular, a situação de descuido nunca foi tão evidente. A urbanista e moradora do setor Márcia Guerrante destaca que o abandono compromete, além da estética do bairro, a segurança e a qualidade de vida dos residentes. “Moro no Setor Sul desde que nasci e posso afirmar com toda certeza que o bairro nunca esteve tão abandonado. As questões do cuidado com o jardim, como a poda das árvores, o problema da drenagem e a falta de iluminação fazem com que as pessoas deixem de frequentar esses espaços da cidade”, disse.
Para enfrentar esses desafios, os moradores uniram esforços e fundaram a Associação Pró Setor Sul (Aprosul) em 2020. A Aprosul busca discutir e estudar as transformações e impactos sobre o bairro, sendo uma resposta à falta de representatividade dos moradores nos debates sobre o Plano Diretor de Goiânia.
O presidente da Aprosul, Edmilson Moura, fala que a ausência de participação dos moradores nos esforços da prefeitura para solucionar os problemas do bairro, caracterizando a administração como voltada principalmente para interesses do mercado imobiliário. “A Prefeitura criou um grupo de trabalho para se pensar soluções para a região e não convidou nenhum representante dos moradores. É uma administração voltada para o mercado imobiliário”, critica, ao destacar a necessidade de ações imediatas, como a melhoria dos serviços públicos básicos e a promoção do uso consciente das áreas verdes pelo público em geral.
Além disso, a Aprosul elaborou projetos para atrair mais pessoas para a região, incluindo a construção de uma ciclovia que conectará diversos pontos da cidade. Moura enfatiza a importância de evitar um crescimento urbano desordenado que possa comprometer o espaço público e a qualidade de vida não apenas no Setor Sul, mas em toda Goiânia.
