23/12/23
Em uma prestação de contas aos vereadores de Goiânia, o secretário de Saúde, Wilson Pollara, tentou justificar o gasto considerável de recursos municipais na área da saúde, ultrapassando o teto constitucional estabelecido em 15%. De janeiro a agosto de 2023, o município destinou 22,6% de recursos próprios à saúde, um valor que excede em R$ 224,15 milhões, o mínimo constitucional de 15%.
A celebração do secretário pelos gastos acima do teto constitucional deveria refletir em uma saúde municipal exemplar. No entanto, a realidade nas unidades de saúde, como o Cais Vila Nova, Cais de Campinas, Cais Finsocial e UPA Novo Mundo, deixa a desejar. Essas unidades enfrentam problemas estruturais graves e refletem na ineficácia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em concluir obras essenciais.
A UPA do Jardim Guanabara permanece com a conclusão das obras, novamente paralisadas, sem previsão, o Ciams Pedro Ludovico não se transformou no Centro de Especialidades Médicas, e a prometida revitalização do Centro de Zoonoses sequer tem um prazo definido para ter continuidade. O cenário aponta para uma gestão de recursos sem a devida eficiência na implementação de melhorias fundamentais.
Além desses desafios, Pollara omitiu durante sua apresentação aos vereadores os constantes problemas enfrentados pelas maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara. Profissionais da saúde nesses locais enfrentaram dificuldades relacionadas a atrasos nos pagamentos, que resultam em paralisações e greves repetidas. O descaso com essas instituições essenciais demonstra a falta de ações efetivas por parte do prefeito Rogério Cruz, comprometendo não apenas a estrutura física, mas também a qualidade do atendimento à população de Goiânia.
