15/05/24
Em um embate que revelou a tensão entre dois deputados federais por Goiás que foram eleitos com o apoio do segmento bolsonarista, Gustavo Gayer (PL) e Silvye Alves (União Brasil) protagonizaram um desentendimento acalorado no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira, 14. As acusações mútuas se intensificaram, com Gayer alegando ter sido agredido pela colega, enquanto Silvye afirma ter sido vítima de fake news por parte do parlamentar.
O caso foi registrado em vídeo, no qual Gayer filmava o plenário quando Silvye se aproximou. Ao ser mencionada, ela tentou interromper a gravação, tocando no celular do deputado. O clima esquentou quando Gayer reagiu, acusando-a de tentar agredi-lo e pedindo a intervenção da presidência da Casa.
Gayer, então, diz: “Fala, Sylvie”. Em seguida, ela tenta interromper a gravação e toca no celular do deputado, que reage: “Você vai me agredir? Olha a Sylvie querendo me agredir aqui no plenário. Ô, presidente. Agressão, aqui, olha. Ela veio para cima de mim. Que palhaçada é essa? Essa mulher tá surtada, gente”.
Enquanto Gayer justificava sua reação, Silvye, em voz alta, contradizia suas declarações, alegando que o colega estava distorcendo os fatos. Ela argumentou que, embora tenha votado a favor da urgência do projeto de lei que taxa serviços de streaming em 2023, votaria contra o texto caso ele fosse levado ao plenário naquele dia. “Fala a verdade para o seu público. Ele está mentindo. Gustavo, fala a verdade. A gente acabou de votar contra o PL”, disse a parlamentar.
Em resposta às acusações de Gayer sobre sua postura em relação ao projeto, Silvye compartilhou uma mensagem explicativa, na qual esclareceu seu posicionamento. Ela destacou que as informações divulgadas por Gayer sobre seu voto eram imprecisas, pois se referiam a uma votação anterior, em 2023, e não ao momento atual.
“O PL8889/2017, que trata da taxação do streaming, seria votado hoje [terça], mas foi retirado de pauta. Mesmo assim, Gustavo Gayer soltou no Twitter a relação de deputados goianos que teriam votado ‘sim’ para a taxação do streaming. A votação a que ele se referia, no entanto, era de 2023, quando foi votada a urgência para se apreciar o projeto”, disse, referindo-se a seu voto no ano passado.
“De lá para cá, o projeto sofreu alterações. Antes de ser levado ao plenário nesta terça-feira, Silvye Alves e outros colegas de partido chegaram a gravar um vídeo dizendo que votariam ‘não’ à taxação do streaming”, finalizou a mensagem divulgada pela deputada.
