15/05/24
O presidente do PSD jovem, Murillo Marques de Souza, comunicou ao presidente estadual do partido e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia pela sigla, Vanderlan Cardoso, sua decisão de não apoiar o projeto eleitoral do senador na capital. Marques, também assessor especial de Francisco Jr. na Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), optou por acompanhar a decisão do ex-deputado em apoiar Sandro Mabel (União Brasil).
"Estou no PSD desde a fundação, temos a ideologia e um compromisso histórico do partido", afirmou Marques ao jornal Opção, ao lembrar que trabalhou na última campanha de Vanderlan em Goiânia, em 2020, coordenando a juventude do PSD. Apesar de ter anunciado a entrega do cargo à legenda, ele permanece no partido.
Indagado sobre possíveis retaliações, Marques menciona a eleição estadual de 2022, na qual Vanderlan apoiou o PL para o governo e indicou sua esposa, Isaura Cardoso, como suplente de Wilder Morais. "O partido tinha candidato a senador, e ele não apoiou o candidato do partido, que era Vilmar Rocha. A gente respeitou o momento político dele, e queremos que nosso momento político seja igualmente respeitado", afirmou.
Membros e fundadores do PSD observam que Vanderlan demorou a anunciar sua pré-candidatura à prefeitura, o que acabou por isolá-lo no cenário local. "Esse atraso não foi bom para a candidatura do PSD, atrasou muito. Ele já era candidato, poderia ter lançado. Isso inclusive dificultou a formação da chapa para vereador", analisa Vilmar, ex-presidente do partido.
Outro ponto na candidatura de Vanderlan é a tentativa de eleger Isaura Cardoso como prefeita de Senador Canedo. Na cidade, ela deve enfrentar o candidato da base do governador Ronaldo Caiado, Fernando Pellozo (União Brasil), que concorre à reeleição, o ex-prefeito Divino Lemes e uma candidatura do PL. "Isaura foi candidata a suplente de Wilder Morais pelo PL, mas o problema foi que logo depois que Bolsonaro saiu do governo, Vanderlan passou a apoiar o governo de Lula", avalia Vilmar.
