19/05/24
Uma confusão entre dois deputados goianos marcou a sessão da última terça-feira, 14, na Câmara dos Deputados, durante a discussão do Projeto de Lei 8889/2017, que regulamenta a oferta de serviços de conteúdo audiovisual por demanda. A deputada Sylvie Alves (UB/GO), indignada com a divulgação de um vídeo pelo deputado Gustavo Gayer (PL/GO), foi tirar satisfações com ele. Em resposta, Gayer chamou a colega de "surtada", "doida" e a acusou de tentativa de agressão.
Sylvie Alves explicou que Gustavo Gayer estava disseminando informações falsas sobre sua posição em relação ao projeto, conhecido como PL da Globo. Gayer sugeriu que Sylvie teria votado a favor da matéria. Ele apresentou um print do painel de votação com o "sim" ao lado do nome da deputada. No entanto, o print não era da sessão recente, mas de uma votação anterior, ocorrida em agosto de 2023, quando foi aprovada a urgência do projeto.
A deputada esclareceu que seu voto pela urgência visava acelerar a tramitação para que o projeto fosse discutido no plenário. Contudo, ela destacou que tanto sua posição quanto a do partido sempre foram contra a aprovação do mérito do projeto. "Quando votei pela urgência, a intenção era permitir que o projeto fosse discutido. Minha posição sempre foi contrária ao mérito do PL da Globo", afirmou Sylvie.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Gustavo Gayer, que é pré-candidato à prefeitura de Goiânia, ironizou a deputada e a chamou de "surtada". Ele afirmou que Sylvie não sabia defender seu voto e a acusou de tentativa de agressão. "Mulher doida, gente. Louca, louca, louca", disse Gayer, sugerindo que a deputada precisava de um chá de maracujá para se acalmar.
A fala de Gayer em relação a Sylvie Alves gerou indignação nas redes sociais, onde o deputado foi acusado de machismo. Internautas criticaram a atitude de Gayer, apontando que mulheres são frequentemente rotuladas de "doidas" e "surtadas" quando reagem a provocações ou agressões de homens machistas. "É típico: quando uma mulher reage, ela é imediatamente taxada de louca. Isso é machismo puro e simples", comentou um usuário.
