20/05/24
Depois de fracassar miseravelmente na gestão, Rogério Cruz (SD) agora quer criar um prefeito fictício. Na versão criada de si, ele não interfere na Câmara Municipal. A anedota foi contada em declaração na abertura das programações no Parque de Exposições Agropecuário de Goiânia, sobre o Centraliza.
"Esse projeto não é um projeto do Rogério, mas um projeto de governo e que vai ficar para a cidade", afirmou o chefe do Executivo municipal sobre o principal projeto nascido em sua gestão, pois os outros foram herdados, como o BRT e o recapeamento. A fala pode ser, no entanto, uma vacina contra a possível rejeição dos vereadores.
Ao deixar para agosto, a gosto de Deus o que seria seu maior "legado", Rogério agora nega algo que não só faz, mas que foi seu grande projeto desde a tragédia que acometeu o prefeito eleito Maguito Vilela, em 2021: tentar cooptar a Câmara. O Rogério real interferiu bem menos do que gostaria, mas terminar o mandato deve sim ser contabilizado na coluna das vitórias.
A declaração conta com a oposição de dezenas de mudanças no primeiro escalão, bem mais de cem. Algumas pastas com oito, novo trocas. Em todos os três escalões da Prefeitura de Goiânia, incluindo cargos novos e autarquias, cerca de 10 mil trocas foram feitas e como se vê nas ruas, não foi pensando em gestão, mas em ter paz entre os antigos colegas.
A realidade colhida pelo prefeito foi a criação de feudos, já apontada pelo aliado e "guro" Jorcelino Braga e, agora, com a caneta secando, as derrotas vão se avolumando na reta final lá no Legislativo e uma escalada na incerteza sobre a viabilidade do bloco estar na rua em agosto.