24/05/24
Após reportagens indicarem a possível liquidação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) respondeu em nota, esclarecendo que a empresa deveria ser custeada por várias fontes e não apenas pela prefeitura. “Não é o que acontece”, afirmou a Sefin, acrescentando que “a Comurg atua de maneira dependente e isso se arrasta por décadas”. A nota ainda ressalta que “qualquer decisão será tomada com cautela”.
O caso
Durante a última sessão do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), o secretário de Finanças, Vinícius Henrique Alves, defendeu a possibilidade de liquidar a Comurg. Ele mencionou que a pasta deve apresentar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) sinalizando o encerramento da empresa pública.
A Corte exigiu do Paço Municipal informações detalhadas sobre as despesas da Comurg. Henrique Alves destacou que está em diálogo com os conselheiros sobre como a companhia pode se tornar independente da administração pública. Os vereadores, por sua vez, expressaram opiniões divergentes sobre a questão.
A precariedade financeira da Comurg poderia resultar em sérias consequências para Goiânia, incluindo a redução da Capacidade de Pagamento (Capag) do Tesouro Nacional. Além das dívidas, o secretário expressou preocupação com o impacto do grande número de servidores da companhia na máquina pública.
Henrique Alves também apontou que a companhia já iniciou um processo de liquidação, evidenciado por ações recentes como a terceirização da coleta de lixo através do Consórcio Limpa Gyn. Planos futuros incluem a terceirização da gestão do aterro sanitário e a manutenção de praças e parques. A Prefeitura pretende gradualmente assumir todas as responsabilidades da Comurg, incluindo a absorção dos servidores.
Apesar da aprovação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a Comurg, passados nove meses, o relatório final ainda não foi entregue às autoridades competentes, conforme publicado pelo Jornal Opção.
Em resumo, a situação da Comurg é crítica e a Prefeitura de Goiânia está avaliando opções drásticas para resolver os problemas financeiros e operacionais da companhia. A liquidação da Comurg e a demissão de funcionários não estão descartadas, e qualquer decisão será tomada com prudência, considerando os impactos para a cidade e seus habitantes.
