28/05/24
Entre os dias 20 e 23 de maio, líderes municipais de todo o Brasil se reuniram em Brasília para a 25ª Marcha dos Prefeitos, cujo tema era “Pacto Federativo: um olhar para a população desprotegida”. Com 62 horas de programação intensa no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), os representantes municipais debateram questões importantes para os municípios. No entanto, ao cair da noite, o foco dos prefeitos mudou para uma celebração em uma boate de prostituição, localizada a cerca de 800 metros da Esplanada dos Ministérios.
Na casa noturna, 50 garotas de programa se empenharam ao máximo para atrair a atenção dos prefeitos e suas comitivas. Esses políticos, que chegaram a Brasília para um evento oficial, tiveram todas as despesas — passagens, hospedagem e alimentação — custeadas com dinheiro público. Após cumprirem as agendas oficiais, muitos se entregaram a noites de excessos com muito álcool e sexo, gastando quantias consideráveis.
Os gritos de “Vai, prefeito!” ecoavam na boate, enquanto assessores incentivavam seus chefes a interagirem com as garotas durante os shows de striptease. Uma equipe de reportagem do jornal Metrópoles acompanhou duas dessas noites de festa, onde prefeitos e seus grupos políticos se entregaram à diversão.
Carros oficiais com placas pretas do Poder Executivo municipal estacionados na entrada da boate indicavam a presença dos prefeitos. Lá dentro, cercados por seguranças e sentados em mesas luxuosas, os políticos exibiam “combos” caros para atrair as garotas mais desejadas. A casa noturna oferecia cervejas por R$ 40 e garrafas de uísque por R$ 1,2 mil. Um prefeito de um município do interior paulista trocava de acompanhante a cada hora, em busca da companhia perfeita entre as garotas que se apresentavam em shows sensuais.
Para as prostitutas que trabalham na boate, a Marcha dos Prefeitos é um evento aguardado com expectativa. “É a hora de faturar. Os políticos chegam com vontade de gastar, e a gente precisa estar com disposição para ganhar”, revelou uma das garotas ao repórter.
Uma morena de 20 anos, natural de Goiânia, contou que se mudou para o Distrito Federal para participar dos três dias de evento, hospedando-se com uma amiga em um hotel próximo à boate. Ela mencionou que o local é conveniente, permitindo que as negociações sejam feitas e o programa acertado rapidamente. As tarifas variavam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil por uma hora de sexo, e os políticos, sem hesitar, pagavam os valores acordados e seguiam para os quartos ou deixavam o local com as acompanhantes.
