Goiânia, 21/10/2024
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Vereadores estão divididos sobre dependência da Comurg, mas extinção é descartada

13/06/24

A decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sobre a dependência da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) da Prefeitura tem dividido os vereadores. Com a maioria dos conselheiros inclinados a derrubar o status de independência da empresa pública, o Paço Municipal não conseguiu comprovar sua autonomia e gerou preocupações sobre o futuro da companhia e de seus servidores. As informações são do jornal Opção.

O vereador Izídio Alves (DC), funcionário da Comurg, não contesta a possível declaração de dependência, mas manifesta preocupação com o futuro dos servidores e a possibilidade de liquidação da companhia. "A Prefeitura é acionista majoritária, com mais de 90% da empresa, eu respeito essa decisão, mas eu vou lutar para defender os servidores", afirmou.

O presidente da Comissão de Finanças da Casa, Léo José (Solidariedade), lembra que a Comurg sempre foi de difícil administração e que a discussão sobre sua dependência é antiga e precisa ser resolvida. Ele defende uma gestão conjunta com o Paço Municipal, independentemente da decisão do TCM.

Por outro lado, o 1º vice-presidente da Casa, Thialu Guiotti (Avante), argumenta que a Comurg não pode permanecer como está devido a erros crônicos desde sua fundação. Ele aponta que a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg mostrou que os problemas são de longa data. A vereadora Aava Santiago (PSDB) reforça que muitos problemas atuais da empresa são ligados à gestão de Rogério Cruz e que a Comurg sempre foi dependente da administração municipal, citando os frequentes aportes de créditos suplementares como prova disso.

A principal preocupação dos vereadores é o impacto do aumento de despesa pública municipal com a declaração de dependência da Comurg. Denício Trindade (União Brasil) teme que isso comprometa o orçamento, enquanto Igor Franco (MDB) sugere que é necessário um diálogo com o TCM para mitigar impactos negativos e proteger os servidores.

Apesar das divergências sobre o status atual da companhia, nenhum vereador defendeu a extinção, absorção ou privatização da Comurg. Todos consideram a empresa vital para o funcionamento da capital goianiense.

presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Henrique Alves (MDB), defende a autonomia da Comurg para realizar seus serviços, mas reconhece que a absorção pela Prefeitura implicaria na administração da massa falida. "A próxima gestão precisa de uma pessoa com perfil para enxugar a companhia e permitir que ela volte a realizar um bom serviço para os goianienses. Não vejo a extinção dela como o melhor caminho", disse.

Denício Alves também apoia a reestruturação da Comurg, sem descartar a possibilidade de terceirizações planejadas de forma a não enfraquecer a companhia.

Um argumento comum entre os vereadores é a necessidade de proteger os servidores da Comurg. Eles ressaltam que seria inviável absorver todos os funcionários de uma vez na administração pública e que os trabalhadores não devem ser penalizados por questões de gestão.


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