14/06/24
Um amigo de Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, suspeito de atropelar e matar um vigilante em Goiânia (GO), admitiu que ele e o empresário passaram a noite juntos e bebendo, horas antes do acidente.
O amigo de Antônio, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento na condição de testemunha para a Polícia Civil de Goiás e confirmou o que diz o laudo do IML (Instituto Médico Legal) que encontrou indícios de álcool no corpo do empresário, além de revelar por onde Antônio esteve horas antes do atropelamento que culminou na morte do vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos.
O amigo disse que pediu para Antônio parar e prestar socorro à vítima. No depoimento, o homem afirmou que não viu o motociclista e que "acredita que o empresário também não tenha visto". Entretanto, após o impacto da batida, ele teria "pedido muito" para que Antônio parasse o veículo, mas o suspeito "chorou muito" e fugiu do local sem prestar socorro.
Outras testemunhas confirmam que Antônio teria bebida na noite anterior ao acidente. A delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Stoffel, explicou que pessoas que estavam em bares por onde o empresário passou relataram que ele ingeriu bebidas alcoólicas. A polícia solicitou acesso às câmeras dos estabelecimentos em que o suspeito esteve, além das comandas com os pedidos, para auxiliar na investigação.
A polícia apura se Antônio estava em alta velocidade no dia do acidente. Conforme a investigação, uma testemunha relatou que cruzou momentos antes com a Mercedes-Benz C180 dirigida pelo empresário, e afirmou que ele estava em alta velocidade, a cerca de 100 km/h.
O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu liberdade provisória ao empresário e aplicou medidas cautelares que deverão ser cumpridas. Conforme o TJGO, a medida foi tomada porque Antônio é réu primário, possui residência fixa e emprego.