15/06/24
Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Goiás aprovaram a deflagração de greve em assembleia geral realizada nesta sexta-feira, 14. Em nota à imprensa, o movimento afirmou que a decisão se deu devido à insistência do governo em propor mudanças que, segundo os servidores, "pioram os níveis iniciais da carreira e alongam a carreira".
Os trabalhadores destacaram que essas alterações prejudicam especialmente os novos servidores, tornando a carreira menos atrativa. Desde 2022, 25% dos novos concursados do Ibama já abandonaram a carreira, que atualmente é uma das menos atraentes do serviço público. A categoria está em negociação com o governo federal desde outubro de 2023, buscando melhorias na Carreira de Especialista em Meio Ambiente (CEMA) e no Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente (PECMA).
Além disso, os servidores acusam o governo de quebrar acordos anteriores, afetando negativamente os servidores do PECMA. “Entendemos que a proposta é extremamente prejudicial para a missão institucional de proteção do meio ambiente, porque fragiliza e desqualifica o trabalho dos órgãos”, declarou o presidente da Asibama GO, Leo Caetano, em nota.
Com a aprovação do indicativo de greve, superintendências, unidades técnicas, CETAS, gerências regionais, centros de conservação e unidades de conservação terão o atendimento ao público prejudicado. No ICMBio, 902 fiscais estão registrados, dos quais 333 aderiram à paralisação e 159 solicitaram exoneração. No Ibama, dos 804 fiscais, 535 aderiram à mobilização, além das 260 exonerações solicitadas. Atualmente, o déficit na carreira é de mais de 4000 vagas.
Os serviços ficarão restritos aos essenciais, com um percentual mínimo de servidores em atividade. Além de Goiás, outros 15 estados também aprovaram a greve, indicando uma mobilização nacional significativa dos servidores do meio ambiente.
