Goiânia, 21/10/2024
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Profissionais do Samu de Goiânia mantêm greve e realizam protesto em frente ao MP

19/06/24

Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia, que estão em greve desde o dia 12, realizaram na manhã desta terça-feira, 18, uma manifestação em frente ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O protesto reforçou a continuidade da greve contra a proposta de privatização do Samu.

Além de exigir o cancelamento completo da privatização, os servidores reivindicam a convocação de mais aprovados do concurso público (Edital 001/2020) para atender às necessidades do órgão, melhorias nas condições de trabalho e a garantia de um atendimento de qualidade à população.

Durante uma assembleia geral, os trabalhadores avaliaram como um avanço a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), que suspendeu a privatização do Samu, e a anulação do chamamento de empresas para a prestação de serviços, publicada pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 14. No entanto, as entidades representativas dos servidores destacaram que ainda não foram recebidas pelo secretário de saúde, Wilson Pollara, para discutir as outras reivindicações.

“A deliberação de hoje foi no sentido de dar continuidade ao movimento para garantirmos que os trabalhadores tenham suas reivindicações atendidas. Atualmente, temos visto falta de gestão e compromisso com a saúde pública de Goiânia. Portanto, queremos dialogar com a gestão municipal para encontrarmos uma solução para os problemas da saúde“, afirmou a presidente do Sindsaúde-GO, Néia Vieira.

Com a greve em andamento, apenas os serviços de urgência realizados pelas Unidades de Serviço Avançado (USAs) serão mantidos. As Unidades de Suporte Básico (USBs) só sairão dos postos do Samu após um checklist que garante que todos os critérios para uma operação segura sejam atendidos.

Antes da greve, muitas USBs operavam sem cumprir esse checklist diário, expondo trabalhadores e usuários a riscos. Agora, será verificado se as viaturas possuem todos os equipamentos e insumos necessários para operar de forma segura e eficiente.

Além da escassez de profissionais para atender à demanda, as condições das ambulâncias permanecem comprometidas. Conforme informações do Sindsaúde nesta terça-feira, 18, das 17 viaturas do Samu, apenas duas USAs e três USBs estavam em funcionamento, com as demais paradas por problemas mecânicos.


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