28/12/23
Na última terça-feira, 26, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira votação, o polêmico pedido de empréstimo de R$ 710 milhões enviado pela prefeitura. A proposta gerou intensos debates entre vereadores da base e da oposição, com votos contrários e manifestações na tribuna.
O vereador Lucas Kitão, entre outros, expressou a necessidade de mais esclarecimentos sobre o empréstimo, especialmente pelo fato de o prefeito Rogério Cruz buscar uma quantia significativa em pleno ano eleitoral. A transparência e a justificativa para a urgência desse montante em um momento tão sensível para a gestão municipal foram temas recorrentes nas discussões.
O projeto original, encaminhado em novembro com a solicitação de autorização para um crédito de R$ 1 bilhão, passou por alterações, resultando no valor final de R$ 710 milhões. A aprovação abre caminho para que o Executivo contrate o empréstimo junto ao Banco do Brasil e/ou Caixa Econômica Federal, destinado a investimentos nas áreas de educação, saúde, mobilidade, modernização de gestão e infraestrutura.
O substitutivo apresentado inclui uma lista de 52 obras, fornecida pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), que receberiam os recursos. Contudo, a amplitude e a necessidade de tal montante durante o período eleitoral despertam críticas e levantam questionamentos sobre a gestão financeira do município.
A matéria agora segue para a Comissão de Finanças, que continuará o debate sobre o empréstimo. A expectativa era de que as sessões extraordinárias desta semana encerrassem a pauta, mas a inclusão de um projeto sobre ajuda de custo para músicos da Orquestra Sinfônica de Goiânia pode estender as discussões até a primeira semana de 2024.
