11/07/24
Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde) estiveram presentes na Câmara Municipal de Goiânia na última segunda-feira, 8, durante a prestação de contas do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade). Na ocasião, o prefeito foi questionado sobre uma série de problemas administrativos, incluindo a tentativa de terceirização do Sistema Único de Saúde (SUS), atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a demora para a prorrogação do último concurso público vigente e o cumprimento da data-base prevista para maio.
A vereadora Kátia Maria (PT) foi a primeira a abordar os questionamentos, destacando o sucateamento do Samu e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). A crise no Samu também foi um ponto de destaque para o vereador Fabrício Rosa (PT), que argumentou que a precarização de serviços como o Samu costuma ser uma estratégia utilizada pelas gestões para justificar a terceirização.
O Sindsaúde diz concordar com essa visão e tem alertado sobre os desmontes que antecedem a terceirização, procurando o Conselho Municipal de Saúde (CMS), o Ministério Público Estadual (MP-GO), o Ministério da Saúde, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) e a Polícia Federal (PF).
Além disso, o Sindsaúde comenta ser acertada as decisões do TCM-GO que suspendem editais de cotação de preço para terceirização de atividades do Samu. A entidade também apoia a greve dos profissionais do serviço, que tem como principais reivindicações o compromisso da prefeitura de Goiânia de não privatizar o Samu, a urgente convocação de mais aprovados no concurso público (Edital 001/2020) para suprir as demandas do órgão, a melhoria das condições de trabalho e a garantia da qualidade do atendimento à população.
A crise do Samu em Goiânia é um problema crescente, que se reflete diretamente na qualidade do atendimento à população. Mesmo com o afastamento de Wilson Pollara da Secretaria Municipal de Saúde, nenhuma medida eficaz foi adotada para reverter a situação. A falta de ambulâncias operacionais e a ausência de médicos comprometem a capacidade do Samu de atender emergências na capital.