26/07/24
O pré-candidato à Prefeitura de Aparecida de Goiânia pelo PL, Professor Alcides, iniciou um processo de expulsão contra Mayara Mendanha, ex-primeira-dama do município e esposa do ex-prefeito Gustavo Mendanha. O pedido de expulsão foi motivado pelo incômodo com o desempenho de Mayara junto às mulheres da cidade e seu suposto apoio ao pré-candidato Leandro Vilela (MDB).
Desde sua filiação ao PL no início do ano, Mayara tem se destacado por seu trabalho com o segmento feminino, especialmente entre as mulheres evangélicas. Professor Alcides argumenta que Mayara participou de eventos apoiando Vilela, o que teria justificado a abertura do processo de expulsão. Nos bastidores, especula-se que a verdadeira intenção seja minar a influência e desacreditar o trabalho de Mayara.
Para especialistas, a ação do deputado pode ser interpretada como violência política de gênero, uma prática que busca excluir mulheres do espaço político ou limitar sua participação. A legislação define a violência política de gênero como qualquer ato que vise excluir, impedir ou restringir o acesso das mulheres à política, ou induzi-las a decisões contrárias à sua vontade.
Em resposta às acusações, Mayara Mendanha declarou estar tranquila quanto à possibilidade de ser expulsa do partido. Ela reafirmou seu compromisso com os valores que defende e seu desejo de contribuir para a construção de uma sociedade melhor ao lado de seu esposo, Gustavo Mendanha. "Desde a informação pública da minha filiação, minha família e eu fomos alvos constantes de retaliação por uma pequena parte do grupo que não aceitava minha presença. Jamais me submeterei a nomes e projetos que não representam os meus ideais, como a candidatura do deputado federal Professor Alcides", afirmou Mayara.
O episódio envolvendo Mayara Mendanha não é o único exemplo de tensão interna no PL de Aparecida de Goiânia. Recentemente, o prefeito Vilmar Mariano demitiu auxiliares que declararam apoio a Leandro Vilela, uma ação que também foi atribuída à influência de Professor Alcides. Essas movimentações refletem um cenário de disputas e retaliações dentro do partido, afetando diretamente a participação feminina na política local.
