Goiânia, 21/10/2024
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Jovair Arantes, homem forte de Rogério Cruz, já foi alvo da Polícia Federal

28/07/24

Jovair Arantes, coordenador da pré-campanha de reeleição do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) à Prefeitura de Goiânia, já esteve envolvido em um escândalo de propinas investigado pela Polícia Federal. Em março de 2018, a Revista Veja revelou um esquema de arrecadação de propinas no Ministério do Trabalho, o que levou à deflagração da Operação Registro Espúrio, autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

A operação mirou diversos deputados, incluindo Jovair Arantes, então filiado ao PTB de Goiás, e Paulinho da Força, do Solidariedade de São Paulo. As investigações focaram em fraudes e corrupção no processo de registro de sindicatos. Foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva e quinze de prisão temporária, além de outras medidas cautelares. Os alvos eram suspeitos de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Entre os investigados, estavam servidores públicos, lobistas, advogados e dirigentes de centrais sindicais.

A Veja detalhou como funcionava o esquema de concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho, que envolvia o pagamento de propinas a servidores indicados politicamente pelo PTB e Solidariedade. Em uma reunião gravada, dois lobistas que atuavam em nome de políticos dos partidos explicaram ao empresário Afonso Rodrigues, que desde 2012 tentava registrar um sindicato em Goiás, os custos do esquema. A propina totalizava 3,2 milhões de reais. Para formalizar o pagamento, foi assinado um "contrato de consultoria" para disfarçar os valores ilícitos, entregue ao empresário em um posto de gasolina no interior de Goiás.

Desde o início do governo do presidente Michel Temer (MDB) em maio de 2016, PTB e Solidariedade dividiram os principais postos do Ministério do Trabalho. Até o fim de 2017, a pasta foi comandada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (RS), que retornou ao Congresso para se candidatar à reeleição. Em janeiro, outra parlamentar do PTB, Cristiane Brasil (RJ), foi nomeada para o cargo por Temer, mas não assumiu devido a uma decisão judicial.


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