30/07/24
Pesquisas de intenção de voto podem ser traiçoeiras para aqueles que lideram. Elas têm o potencial de gerar uma falsa sensação de segurança e acomodação. Recentemente, os pré-candidatos a prefeito de Goiânia, Adriana Accorsi (PT) e Vanderlan Cardoso (PSD), aparecem empatados em primeiro lugar nas pesquisas, com diferenças mínimas que sempre se situam dentro da margem de erro. No entanto, essa aparente liderança pode estar causando uma perigosa inércia em suas campanhas. Esta é a análise do jornal Opção, que aponta os equívocos nas candidaturas de ambos.
De acordo com o jornal, a deputada federal Adriana Accorsi tem "jogado parada". Inicialmente, essa estratégia foi eficaz, mas atualmente tem se mostrado prejudicial. Apesar de sua constante exposição na mídia, ela não ultrapassa a marca de 25% das intenções de voto. Esse desempenho estagnado pode ser atribuído a uma pré-campanha que parece desconectada dos eleitores, sendo mais centrada em gabinetes e nas redes sociais. No entanto, como ressaltam os marqueteiros, eleições não se vencem apenas no ambiente digital. Sandro Mabel (União Brasil) é citado como um exemplo positivo, pois tem melhorado seus índices ao estar presente nas ruas, em contato direto com os eleitores.
Vanderlan Cardoso, por sua vez, tem adotado uma postura de pouca visibilidade. O senador é frequentemente mencionado como um candidato ausente, sendo mais visto em Senador Canedo, onde sua esposa, Izaura Cardoso, é pré-candidata a prefeita, do que em Goiânia. Essa estratégia pode ser um tiro no pé, já que sua ausência pode abrir espaço para adversários como Sandro Mabel, que compartilha a mesma imagem de gestor eficiente e demonstra maior vontade de administrar Goiânia.
“Ainda há tempo para mudar as táticas eleitorais. Porque, no momento, os eleitores ainda não estão muito motivados com a disputa eleitoral, mas as agora, quando olham para trás, Adriana Accorsi e Vanderlan Cardoso não precisam mais de binóculo para enxergar Sandro Mabel. O pré-candidato do União Brasil já está colado nos dois, operando para superá-los — o que pode acontecer (ou não, claro) em breve”, escreve o jornal.