Goiânia, 21/10/2024
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Sem radares, multas caem 62,7% em Goiânia

22/08/24

A ausência de radares em Goiânia, após o fim do contrato entre a empresa Eliseu Kopp e a Prefeitura em meados de junho, resultou em uma redução de 62,7% no número de infrações registradas na capital. Em julho de 2023, a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) emitiu 65.785 multas, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO). Já no mesmo mês deste ano, foram apenas 24.491 autuações. Essa queda expressiva é reflexo direto da ausência de registros de multas por excesso de velocidade, infração que antes era majoritariamente captada pelos radares eletrônicos.

Conforme levantamento do jornal O Popular, comparando todos os tipos de multas aplicadas na capital em julho, que incluem infrações registradas por outros órgãos de fiscalização, como as rodovias estaduais e federais, o total de infrações em 2023 foi de 110.648, enquanto este ano caiu para 78.118. Curiosamente, em julho passado, o Detran-GO aplicou mais multas do que a própria Prefeitura, contabilizando cerca de 28 mil autuações, mesmo com as atribuições da SMM sendo mais abrangentes dentro do município. Em junho, a queda não foi tão acentuada, com 63.009 infrações registradas em 2023 e 62.226 em junho deste ano. Para o mês de agosto do ano passado, foram registradas 83.154 multas, enquanto até as 7h desta quarta-feira, 21, o número era de apenas 23.575.

A SMM esclarece que, apesar da ausência dos radares, a fiscalização por meio dos agentes de trânsito continua de forma constante, com equipes divididas em diferentes regiões da cidade. "Nos últimos meses, a Mobilidade tem realizado campanhas fiscalizatórias em toda cidade com temas específicos, fato que não exime que autuações fora do eixo temático sejam lavradas", informou a pasta. A SMM também ressaltou que, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a obediência dos condutores deve ser à sinalização viária e não apenas aos equipamentos de fiscalização. "É importante frisar que se parte dos condutores obedecessem às normas gerais de circulação e conduta, dificilmente seria necessário um equipamento de fiscalização."

O retorno dos radares depende da conclusão de uma nova licitação, processo que foi iniciado no ano passado, mas interrompido por questionamentos do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). Recentemente, uma maioria de votos decidiu pelo prosseguimento do processo, com a exigência de modificações no edital. A SMM informou que deve enviar o processo revisado ainda esta semana para a Secretaria Municipal de Administração, visando a retomada da fiscalização eletrônica na cidade.


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