02/01/24
Uma guerra silenciosa pelo comando do Republicanos em Goiânia está sendo travada entre o prefeito Rogério Cruz e aliados, de um lado, e as lideranças Clécio Alves, Jovair Arantes e aliados, de outro, como revela matéria do jornal O Popular. O foco principal dessa disputa é a direção metropolitana do partido, atualmente sob a gestão da vereadora Sabrina Garcêz, nome escolhido pelo presidente nacional da sigla, Marcos Pereira (SP), em junho deste ano.
O embate começou em junho quando Sabrina foi nomeada para a posição, superando as aspirações de Clécio Alves e Jovair Arantes. Agora, aliados de Rogério Cruz articulam nos bastidores para alterar a liderança do partido na capital e dizem que estão insatisfeitos com a falta de resultados concretos desde a posse de Sabrina.
Eles cobram a formação de uma chapa mais robusta para a disputa eleitoral proporcional em Goiânia no próximo ano. A situação se agravou com a suspensão da tramitação do projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contratar um empréstimo de R$ 710 milhões, que causou incertezas sobre o destino político de Rogério Cruz.
O movimento, liderado por Clécio Alves, tem ganhado força, com ameaças de desfiliação caso não haja uma troca na direção do partido na capital. A pressão se intensificou nas últimas semanas, envolvendo figuras como o vereador licenciado Geverson Abel, o chefe de gabinete do prefeito José Firmino, além de Jovair Arantes e Luan Alves, presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e filho de Clécio.
Clécio Alves, em declarações públicas e reclamações na Assembleia Legislativa, tem expressado seu descontentamento com a direção estadual e nacional do Republicanos e alega descumprimento de compromissos firmados em 2022 para que ele assumisse a presidência metropolitana do partido.
Por sua vez, Sabrina Garcêz alega não ter sido informada sobre as movimentações para substituí-la. Ela destaca manter contatos e reuniões regulares com lideranças do partido, exceto Clécio Alves, e afirma ter garantias do presidente nacional, Marcos Pereira, sobre sua permanência no cargo.
Toda essa questão se torna ainda mais complexa em um contexto eleitoral desafiador para Rogério Cruz, cuja reeleição enfrenta dificuldades, conforme indicam pesquisas de avaliação.
