03/09/24
Às vésperas das eleições para a Prefeitura de Goiânia, o empréstimo de R$ 710 milhões que a gestão de Rogério Cruz (Solidariedade), candidato à reeleição, pretende contratar junto ao Banco do Brasil, causou surpresa nos bastidores políticos.
A operação milionária, aprovada e publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (2), ocorre sem uma especificação clara sobre o destino dos recursos, levantando questionamentos sobre o momento e a finalidade do empréstimo.
Para que a análise dos documentos chegasse à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a Prefeitura precisou da aprovação de um projeto de lei autorizativo na Câmara Municipal. Apesar de ter sido enviado em novembro de 2023, o projeto só foi aprovado pelos vereadores em março deste ano, após um processo conturbado e de divergências com a base de apoio.
A posição criticou a falta de clareza nas alterações feitas no texto, que ocorreram após recomendação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) pedindo a inclusão da destinação dos recursos, mantendo, porém, o remanejamento dos valores empenhados. As mudanças vieram por emenda que também atendia uma notificação do Banco do Brasil.
Apesar das controvérsias, o projeto foi aprovado com 25 votos a favor e 7 contra, permitindo que a Prefeitura desse início às negociações com o Banco do Brasil. O procurador-geral do Município, José Carlos Issy, defendeu que o calendário para a contratação do empréstimo segue tranquilo, mesmo em um momento politicamente sensível.