04/01/24
No cenário político do PSDB, as lideranças do partido em São Paulo se reuniram em dezembro e protagonizaram um encontro tenso com o atual presidente nacional da legenda, Marconi Perillo (PSDB-GO). O alvo das críticas foi Eduardo Leite (PSDB-RS), que liderou o partido durante o último ciclo e foi alvo de censuras por suposta perseguição aos que se alinharam com João Doria (PSDB-SP).
As principais críticas foram direcionadas à postura de Leite em relação aos aliados de João Doria ao evidenciar divergências internas no partido. Ao ser confrontado com esses comentários, Marconi Perillo teria se manifestado e destacou sua discordância com posturas dessa natureza ao mencionar que ele próprio já foi alvo de situações similares. A reunião contou com a presença de figuras do PSDB paulista, como Carlão Pignatari, Duarte Nogueira, Eduardo Cury e Ricardo Tripoli.
Diante do descontentamento manifestado pelos líderes tucanos de São Paulo, Marconi Perillo anunciou sua intenção de promover prévias no diretório estadual da legenda assim que possível, programadas para fevereiro. Esse movimento visa proporcionar um espaço democrático para a escolha de novas lideranças e dissipar tensões internas. Vale ressaltar que Leite indicou Paulo Serra, prefeito de Santo André, como seu aliado para comandar São Paulo no penúltimo dia de seu mandato como presidente do partido, substituindo Marco Vinholi, ligado a João Doria, que havia sido barrado por Leite em outubro.
Apesar das críticas e divergências, Eduardo Leite é considerado no PSDB como um presidenciável para as eleições de 2026, indicado por Perillo. Isso indica que eventuais mudanças, incluindo alterações nas funções de seus aliados, deverão ser conduzidas mediante negociações e diálogos com o governador gaúcho.