14/09/24
O Jornal Opção divulgou nesta sexta-feira, 13, uma reportagem que lista 10 pontos explicando por que o candidato à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Professor Alcides (PL), tem evitado participar de debates públicos. O deputado federal e empresário é acusado de estar se esquivando dos eleitores ao não enfrentar questionamentos sobre assuntos que envolvem sua conduta empresarial e política.
Entre os principais temas evitados por Alcides estão problemas judiciais e financeiros. O Banco do Brasil cobra judicialmente do candidato o pagamento de R$ 3,83 milhões em aluguéis não pagos por um imóvel utilizado para a operação da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan). O montante se refere a uma sentença de 2004, que estipulava um aluguel de R$ 5 mil mensais. No entanto, Alcides não realizou o pagamento, resultando na dívida milionária.
Outro ponto delicado envolve uma dívida com o condomínio de luxo Ecologic Ville Resort e Spa, em Caldas Novas, que busca receber quase R$ 30 mil em taxas de condomínio acumuladas desde 2014. Além disso, o candidato é alvo de uma ação de execução fiscal movida pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia por falta de pagamento de impostos e taxas, dívida que já ultrapassa R$ 100 mil.
A reportagem também destaca uma acusação de apropriação indébita previdenciária. Alcides não teria recolhido a contribuição previdenciária de funcionários da Unifan entre 2003 e 2007, o que resultou em um processo penal no TRF-1. Além disso, o candidato enfrenta problemas com a Justiça Eleitoral, como um inquérito policial aberto em 2015 para investigar falsidade ideológica nas eleições de 2014 e uma acusação de fraude na cota de gênero nas eleições de 2022.
Um dos episódios mais polêmicos mencionados pelo jornal envolve uma denúncia do então vereador Jorge Kajuru, que, em 2016, acusou publicamente Alcides de pedofilia e de ter assediado jovens jogadores do Atlético Goianiense. Embora não existam denúncias formais, a reportagem ressalta que Alcides votou contra o regime de urgência para transformar pedofilia em crime hediondo na Câmara dos Deputados.
Outro ponto sensível é a confissão de um acordo que Alcides teria feito com o estuprador João Cambão, na década de 1970, para garantir sua segurança pessoal. Segundo o próprio candidato, Cambão teria interferido junto a "meliantes" que o perseguiam na cidade.
Em 2021, Alcides foi envolvido em uma briga após uma mãe cobrar o cumprimento de um acordo de venda de vagas no curso de Medicina. O candidato teria negociado a transferência de dois alunos de uma universidade na Argentina para a Unifan, mas não honrou o compromisso, levando a um confronto que incluiu agressões verbais e tiros dentro da instituição.
Finalmente, o deputado federal foi alvo da Operação Tanque Furado, investigada pelo programa "Fantástico". A reportagem apontou que Alcides teria realizado 211 abastecimentos em um único dia, totalizando R$ 6 mil em verbas de gabinete, parte de um esquema que movimentou mais de R$ 27 milhões entre 2019 e 2020 com notas fiscais suspeitas de parlamentares.
Com esses inúmeros pontos, a ausência de Professor Alcides nos debates eleitorais levanta questionamentos sobre sua disposição em encarar os desafios e enfrentar os eleitores.