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17/09/24
Rogério Cruz (Solidariedade), atual prefeito de Goiânia, se encontra entre os últimos colocados nas pesquisas de intenção de voto e, em meio à alta rejeição, recorreu a ataques polêmicos contra a gestão de Iris Rezende (MDB). Em vídeo publicado recentemente, Cruz criticou o ex-prefeito e apresentou números que foram distorcidos, causando indignação entre eleitores e analistas políticos.
No vídeo, Cruz afirmou que Iris teria investido apenas R$ 29 milhões em seu último ano de mandato. No entanto, os dados oficiais do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) mostram uma realidade bem diferente: a gestão de Iris investiu R$ 400,36 milhões, sendo R$ 390,56 milhões efetivamente pagos. Esses números evidenciam que, em nenhum momento de sua gestão, Rogério conseguiu igualar o volume de investimentos realizado por Iris em 2020.
Cruz também celebrou a nota máxima alcançada por Goiânia na Capacidade de Pagamento (Capag) durante seu governo, mas omitiu que o resultado é reflexo da gestão anterior de Iris Rezende. A melhora na Capag, de C em 2017 para A em 2021, deve-se aos esforços de Iris, que sanou um déficit financeiro deixado por gestões anteriores.
Além disso, Rogério Cruz apresenta contradições quando critica o empréstimo de R$ 300 milhões contraído por Iris, enquanto agora busca um crédito de R$ 710 milhões para sua própria gestão. Caso tenha sucesso, isso representará um aumento de mais de 40% na dívida consolidada do município, elevando-a para mais de R$ 1,61 bilhão ao final de 2023.
Os ataques de Cruz à memória de Iris, considerado um dos maiores líderes políticos de Goiás, são vistos por muitos como uma tentativa desesperada de melhorar sua imagem em meio à crescente rejeição popular. Analistas destacam que, ao contrário do atual prefeito, Iris Rezende deixou Goiânia com as contas equilibradas, um volume expressivo de recursos em caixa e obras estruturantes avançadas, como o BRT Norte-Sul, que Rogério Cruz ainda não conseguiu entregar.
O desequilíbrio de Rogério Cruz em sua campanha evidencia o distanciamento entre seu discurso e a realidade dos fatos, aumentando a desconfiança em relação à sua capacidade de conduzir a cidade nos próximos anos.
