19/09/24
O ex-governador de Goiás e presidente do PSDB, Marconi Perillo, e o deputado federal Aécio Neves saíram em defesa de José Luiz Datena, candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, após o incidente no debate da TV Cultura, no domingo (15), quando Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Em nota conjunta assinada pelo PSDB e pelo Instituto Teotônio Vilela, Aécio e Perillo reconheceram que a atitude de Datena foi "reprovável", mas justificaram o ato como uma "reação humana" diante de provocações. Segundo os tucanos, o comportamento de Datena reflete sua postura de "defender a população de bem" e que ele "só perde o controle com bandidos". Apesar de criticarem o uso da violência, reforçaram apoio à candidatura do apresentador, destacando-o como a escolha certa para representar o PSDB na capital paulista.
O episódio ocorreu após Marçal provocar Datena ao mencionar uma acusação de assédio sexual contra o apresentador, insinuando que ele seria um "jack", termo usado em presídios para referir-se a agressores sexuais. Datena respondeu afirmando que a denúncia havia sido arquivada e que o caso teria causado a morte de sua sogra. A discussão esquentou, e Marçal desafiou Datena, dizendo que ele não teria coragem de agredi-lo, como havia sugerido em um debate anterior.
Em seguida, Datena pegou a cadeira de outra participante, Marina Helena (Novo), e a arremessou em Marçal. O candidato do PSDB ainda lançou uma banqueta contra Marçal e tentou arremessar outro assento antes de ser contido por seguranças. Expulso do debate, Datena reconheceu no dia seguinte que errou, mas disse que não se arrependia e repetiria o ato, afirmando que a agressão foi um alívio para "milhões de pessoas".