04/01/24
Aldir do Rosário Amor Divino já estava preso em flagrante desde a última sexta-feira, 29, dia em que o acidente aconteceu. Ele dirigia uma das lanchas envolvidas na colisão que matou duas pessoas, em Boipeba, no sul da Bahia. Apesar do teste de bafômetro não ter acusado alcoolemia, testemunhas afirmaram ter visto o condutor consumindo álcool.
O acidente entre as duas lanchas aconteceu em uma região conhecida como “rio do inferno”. Uma das embarcações fazia a travessia Valença- Boipeba e a outra fazia o trajeto contrário. Duas pessoas morreram no acidente: a bióloga goiana Larissa Galantini Pires, 35, e o advogado Mário André Machado Cabral, 34. O piloto da outra lancha chegou a ficar em estado grave, mas já recebeu alta.
De acordo com o delegado responsável pela investigação do acidente, José Raimundo Nery Pinto, no dia do acidente, Aldir prestou socorro às vítimas, mas fugiu do local.
O piloto da lancha deve responder pelos crimes de expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea. A pena para esse delito é de 4 a 12 anos pelo agravante de ter resultado em submersão da lancha e ainda pelo crime doloso de perigo comum com resultado de lesão corporal de natureza grave, cuja pena privativa de liberdade é aumentada de metade. Quando há morte, a pena é aplicada em dobro.
Para o delegado, o resultado negativo do teste de bafômetro, pode ter sido em função do exame ter acontecido oito horas depois do acidente.
Caso seja comprovado que o homem fazia uso de álcool durante o trabalho, ele será tratado como reincidente. Isso porque, meses atrás, Aldir se envolveu em outro acidente após pilotar lancha ingerindo bebida alcoólica.
