01/10/24
O candidato à Prefeitura de Trindade, Dr. George Morais (PDT), enfrenta risco de inelegibilidade devido a um processo que investiga irregularidades na compra de merenda escolar durante seu mandato anterior como prefeito, entre 2001 e 2004. Caso seja condenado, George poderá ser impedido de concorrer nas eleições de 2024.
O processo, registrado sob o número 0258843-16.2005.8.09.0149, foi aberto pelo Ministério Público de Goiás e apura ilegalidades nas aquisições de produtos alimentícios. Empresas como Santa Maria Comércio de Laticínios e Limpeza LTDA e Comercial Fortes estão envolvidas no caso, assim como outros três réus: Vanda das Dores Siqueira Batista, Vilmar Batista Ferreira e Jonas Alves Fortes.
Inicialmente, a votação para decidir sobre a inelegibilidade de George Morais estava prevista para ocorrer em breve, mas o candidato conseguiu adiar a decisão para o dia 7 de outubro de 2024, após obter uma suspensão temporária. No entanto, o juiz relator do caso, Ricardo Luiz Nicoli, já emitiu parecer desfavorável ao candidato, e há um voto favorável à condenação de George.
Diante desse cenário, George tem tentado desviar as atenções ao atacar diretamente seu principal adversário, o atual prefeito Marden Júnior (União Brasil). Em vídeos circulados na cidade, George alega que Marden enfrenta a mesma situação judicial, o que não é verdade. Essa tática de confusão entre os eleitores visa minimizar os impactos do processo em andamento.
Uma sentença de primeira instância já foi desfavorável a George. O juiz Liciomar Fernandes da Silva determinou a suspensão dos direitos políticos de George por cinco anos, além de uma multa correspondente a dois salários de prefeito da época. George também foi proibido de contratar com o poder público ou de receber benefícios por cinco anos.
Esse processo relacionado à merenda escolar é apenas um entre muitos problemas jurídicos que George Morais acumula. O candidato possui um histórico considerável de processos, incluindo condenações por irregularidades em contratos de saúde com a Oscipstrin, envolvimento na Operação Sanguessuga, falta de prestação de contas do Fundo de Previdência dos servidores e até pela distribuição de vale-cerveja durante o carnaval de 2008.
George também foi julgado inelegível em um processo do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou um prejuízo de mais de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos, valor que deveria ter sido usado na construção do aterro sanitário de Trindade, mas que acabou desviado.