Goiânia, 21/10/2024
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Gestão Rogério Cruz admite pedido para adiar paralisação de hospital até o fim das eleições

02/10/24

O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Modesto Pollara, revelou em entrevista ao Jornal Opção que solicitou o adiamento da paralisação dos atendimentos no Hospital Jacob Facuri para após as eleições. Pollara confirmou que pediu para postergar a suspensão dos serviços por pelo menos uma semana, chamando a situação de "uma pressão enorme, um golpe abaixo da cintura".

A crise no Hospital Jacob Facuri começou com a interrupção das internações na UTI neonatal, causada pela falta de pagamento por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Prefeitura de Goiânia. Segundo Pollara, a SMS deve quitar as dívidas com hospitais privados até outubro e garantiu que repassou mais de R$ 17 milhões à unidade este ano. “Se há algo em atraso, será corrigido em cerca de um mês”, assegurou.

Pollara explicou que o contrato com o Hospital Jacob Facuri venceu e as negociações esbarraram no custo dos leitos de UTI. “O SUS paga R$ 600 por leito, e a Prefeitura acrescenta mais R$ 500, totalizando R$ 1.100. Temos 120 leitos em Goiânia funcionando nesse valor, mas não podemos pagar R$ 2.100. Isso geraria inflação em todo o sistema, e não temos orçamento para isso”, argumentou.

No entanto, o hospital afirma que a dívida acumulada já ultrapassa os R$ 19,5 milhões. Ibrahim Jacob Facuri, diretor executivo do hospital, destaca que a SMS e a Prefeitura iniciaram o ano com uma dívida de R$ 24 milhões. “Mesmo após receber R$ 17 milhões, boa parte de repasses federais, o débito ainda é de R$ 19 milhões. E há outros seis repasses federais que sequer foram feitos”, criticou.


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