05/10/24
Em vídeo publicado nas redes sociais, a candidata à Prefeitura de Goiânia pelo PT, Adriana Accorsi, fez críticas à gestão do atual prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), que tenta a reeleição. Segundo Adriana, a administração de Cruz está empenhada em "destruir" a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), empresa pública responsável por serviços de urbanização na cidade. A denúncia ocorre em meio a mudanças na gestão de resíduos urbanos, que, para a petista, representam um desmonte da instituição.
"A gestão do aterro sanitário, que antes era responsabilidade da Comurg, foi repassada para uma empresa privada sem licitação e sem a devida transparência. Já acionamos o Ministério Público para investigar a legalidade desse contrato, mas o foco principal é que essa administração parece estar tentando destruir a Comurg, que tanto contribuiu para nossa cidade. Não podemos aceitar essa farra com o dinheiro público", declarou Adriana Accorsi.
A crítica se refere à decisão da gestão de Cruz de transferir a operação e administração do Aterro Sanitário de Goiânia para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra). A mudança marca o fim do acordo com a Comurg, que desde 2007 era responsável pelo aterro. Segundo informações divulgadas pela prefeitura, o serviço passará por uma fase de transição e, posteriormente, será aberto um processo licitatório para a terceirização do serviço. A decisão preocupa a candidata, que vê nisso um enfraquecimento da companhia pública.
Este não é o primeiro movimento da atual administração municipal que afeta a Comurg. No primeiro semestre deste ano, a empresa já havia perdido o contrato de coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, coleta de resíduos da construção civil e parte da varrição de ruas da cidade. Esses serviços foram terceirizados ao consórcio LimpaGyn, o que, na avaliação de Accorsi, é mais uma etapa no processo de desmonte da empresa.
O termo aditivo que formalizou a transferência da gestão do Aterro Sanitário foi assinado no dia 30 de setembro e publicado no Diário Oficial do Município em 1º de outubro. O aditivo retirou R$ 2.016.325,63 do contrato anterior da Comurg, que originalmente tinha um valor mensal de R$ 56,79 milhões. Desses, R$ 1.855.259,86 eram destinados à operação do aterro, enquanto R$ 161.065,77 eram voltados à administração do local.