08/10/24
Fred Rodrigues (PL), candidato à prefeitura de Goiânia e defensor de uma agenda liberal, tem sido alvo de intensas críticas de seus adversários por uma contradição em seu discurso. Embora critique programas sociais, como o Bolsa Família, Fred se beneficia de um “Bolsa Político”, recebendo um salário de R$ 21 mil por mês da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), além de ter à sua disposição um carro oficial, combustível, gabinete e assessor particular, todos custeados com recursos públicos.
O termo “Bolsa Político” tem ganhado destaque na campanha, sendo utilizado pela oposição para expor a incoerência de Fred, que prega o corte de gastos públicos e defende o fim de benefícios para a população de baixa renda. Seus críticos argumentam que ele não presta serviços públicos que justifiquem o recebimento desse valor, mas continua a usufruir de um “auxílio” que ele mesmo condenaria se fosse destinado a trabalhadores ou pessoas em situação de vulnerabilidade.
A situação levanta questionamentos sobre a transparência e a moralidade dos benefícios concedidos a ex-parlamentares. Fred, que se posiciona contra a “dependência do Estado” para cidadãos comuns, se vê agora pressionado a explicar por que não renuncia ao que seus opositores chamam de “assistencialismo para político”. A incoerência de seu discurso se torna ainda mais evidente em um cenário onde ele se apresenta como um empresário autossuficiente e independente, mas depende de privilégios financiados pelo contribuinte.
A oposição não hesita em destacar essa contradição, reforçando a narrativa de que Fred Rodrigues é um exemplo de como o discurso de austeridade pode ser facilmente desmantelado por ações que contrariam suas próprias promessas. À medida que a campanha avança, a pressão para que Fred explique sua posição e renuncie a benefícios que ele mesmo criticou só tende a aumentar, colocando sua candidatura sob um holofote que pode impactar sua imagem perante os eleitores.
