08/10/24
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) protagonizou um movimento ousado nas eleições municipais de 2024, tentando controlar duas prefeituras importantes de Goiás — Goiânia e Senador Canedo —, mas acabou promovendo o próprio "enterro político". Movido por uma ambição considerada desmedida por aliados e analistas, o parlamentar viu suas estratégias ruírem, resultando em derrotas significativas nas duas cidades.
Em Goiânia, Vanderlan recusou o convite para compor como vice a chapa de Sandro Mabel (UB), candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), alegando que liderava as pesquisas na época. Na ocasião, Mabel tinha apenas 3% das intenções de voto, mas cresceu ao longo da campanha e agora disputa o segundo turno, enquanto o projeto de Vanderlan naufragou.
Já em Senador Canedo, o senador rompeu com o atual prefeito Fernando Pellozo (UB) por divergências internas e vaidade política, acreditando que poderia comandar a sucessão. No entanto, Pellozo reagiu: filiou-se ao União Brasil, partido de Caiado, e buscou a reeleição com o apoio do governador. O resultado foi um duro golpe para Vanderlan, com Pellozo sendo reeleito com ampla vantagem, e a candidata apoiada pelo senador, Izaura Cardoso, terminando apenas em terceiro lugar.
Além de perder a oportunidade de se firmar no Executivo municipal em duas frentes, Vanderlan não conseguiu eleger sequer um vereador em Goiânia ou Senador Canedo, aprofundando ainda mais o isolamento político.
Agora, o senador enfrenta um cenário de incertezas para seu futuro. Especialistas avaliam que ele precisa revisar suas estratégias e encontrar um novo grupo político, se deseja manter relevância no cenário estadual. Do contrário, Vanderlan pode cair no ostracismo e ver sua influência política se esvair antes mesmo de terminar seu mandato no Senado.
