09/10/24
A base política liderada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB) conquistou uma vitória expressiva nas eleições municipais de Goiás. Em 14 das 17 maiores cidades do Estado, a aliança governista elegeu prefeitos, correspondendo a 82% dos municípios com o maior número de eleitores. Essas cidades, somadas, são determinantes para as disputas eleitorais de 2026.
Em três cidades-chave — Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis — o resultado ainda depende do segundo turno. Leandro Vilela (MDB) desponta como o favorito em Aparecida de Goiânia, após quase vencer já no primeiro turno. Em Anápolis, Márcio Corrêa, do PL, é o mais cotado, mas sua proximidade política com Daniel Vilela reforça a força da base governista na região. Já na capital, Goiânia, Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União Brasil) polarizam a disputa, com o candidato do UB possivelmente ampliando sua coalizão, o que pode isolar o PL e seu candidato.
Entre os prefeitos eleitos nas 17 maiores cidades, a base de Caiado e Daniel Vilela garantiu a vitória em 14 municípios, sendo oito prefeitos do União Brasil, quatro do MDB e três do PP. O PL, principal partido de oposição, conseguiu eleger apenas três prefeitos, incluindo Geneilton Assis, na importante cidade de Jataí, no Sudoeste goiano.
Esse resultado reforça a hegemonia política do grupo governista em Goiás. A base governista totalizou 643.735 votos nessas 17 cidades, enquanto as oposições, incluindo o PL, alcançaram 210 mil votos. Em alguns municípios, a oposição sequer apresentou candidatos, o que facilitou o domínio dos partidos aliados ao governo.
O PL, apesar de ter mantido posições estratégicas, conquistou apenas 18% dos prefeitos nas cidades com maior número de eleitores. Foram 71.217 votos somados. No entanto, um dos eleitos pelo PL, Carlinhos do Mangão, de Novo Gama, é considerado um forte aliado do governador Caiado, o que minimiza o efeito oposicionista do partido na região do Entorno de Brasília.
Por outro lado, o PSDB e o PT foram praticamente anulados nas eleições. Nenhum dos dois partidos elegeu prefeitos nas 20 cidades com maior eleitorado em Goiás, o que evidencia a fragilidade dessas legendas no cenário político estadual atual.
