11/10/24
Presidente do Republicanos em Goiânia, a vereadora Sabrina Garcez acredita que Fred Rodrigues (PL) enfrentará maior rejeição no segundo turno das eleições municipais, comparado a Sandro Mabel (União Brasil), seu oponente direto. Mesmo ambos sendo candidatos de direita, Garcez analisa que Fred, por sua associação à extrema-direita, poderá sofrer os efeitos da polarização política.
Durante entrevista ao Diário de Goiás, Sabrina ressaltou que o Republicanos seguirá apoiando Sandro Mabel, como fez no primeiro turno. “O partido mantém o posicionamento do primeiro turno, que foi apoiar o Mabel. Agora mais unido, porque nós havíamos liberado nossos candidatos para apoiar quem quisessem, mas neste segundo turno, o partido está 100% fechado com Sandro Mabel”, afirmou Garcez.
A principal preocupação da vereadora é a rejeição crescente que, segundo ela, Fred Rodrigues pode enfrentar devido à sua ligação com o bolsonarismo. "Os dois são de direita, mas o bolsonarismo está mais à extrema-direita, e isso traz uma rejeição maior", disse Sabrina, destacando que, embora Fred tenha mostrado crescimento nas semanas que antecederam o primeiro turno, a polarização política pode dificultar sua vitória. “O bolsonarismo pode atrair aprovação, mas a rejeição também é muito alta, como vimos na polarização deste primeiro turno”, acrescentou.
Garcez prevê que, no segundo turno, eleitores que não votaram em Fred ou Mabel no primeiro turno, especialmente aqueles de Adriana Accorsi (PT), Matheus Ribeiro (PSDB) e Vanderlan Cardoso (PSD), podem optar por apoiar Sandro Mabel, considerado uma alternativa mais moderada à extrema-direita. “Apesar de termos dois candidatos de direita, os eleitores de centro e centro-esquerda podem escolher um candidato de direita, mas que não esteja no extremo”, sugeriu Garcez, referindo-se a Mabel.
Quando questionada sobre as diferenças entre os dois candidatos, a presidente do Republicanos destacou as distintas formas de conduzir suas campanhas. “Estamos lidando com duas formas completamente diferentes de fazer política. Uma é a política das redes sociais, como o WhatsApp, que tem ganhado força, e a outra é a política tradicional, do convencimento direto, de pedir voto”, explicou Sabrina, destacando a abordagem mais convencional de Mabel.
Garcez também justificou o apoio de seu partido a Mabel, argumentando que, neste momento, Goiânia precisa mais de um gestor do que de um defensor de pautas ideológicas. “A pauta ideológica é importante, mas, agora, Goiânia precisa de alguém que dê as respostas que a sociedade espera”, pontuou.
A vereadora finalizou sua análise fazendo uma crítica à gestão de Rogério Cruz (Solidariedade), ex-Republicano, e alertou para os riscos de uma nova gestão mal-sucedida. “Espero muito que Goiânia acerte dessa vez. Se passarmos por outro processo de gestão traumático, como o atual, onde o gestor não tem as qualidades necessárias para colocar a cidade nos eixos, eu fico preocupada com o futuro de Goiânia”, concluiu.
