13/10/24
Candidato a prefeito de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues compartilha não apenas os mesmos valores de direita, conservadores e evangélicos de Rogério Cruz, atual prefeito da capital, mas também a mesma falta de experiência que, como no caso de Cruz, pode levar a cidade a enfrentar outra gestão desastrosa. Rogério, que assumiu a prefeitura após a morte de Maguito Vilela em 2020, demonstrou uma incapacidade de conduzir Goiânia, resultando em serviços públicos colapsados e uma administração sem rumo.
Fred, que desponta como o candidato mais bem colocado no primeiro turno, surge com um discurso ideológico fortemente alinhado à direita e extrema-direita. Suas bandeiras de “Deus, pátria e família”, semelhantes às de Rogério Cruz, têm atraído parte do eleitorado conservador. No entanto, seu currículo levanta preocupações quanto à sua aptidão para enfrentar a complexidade da administração pública de uma cidade como Goiânia, marcada por profundas desigualdades sociais e uma série de problemas urbanos.
Assim como Rogério, Fred não tem histórico de gestão que o qualifique para o cargo de prefeito de uma metrópole com demandas diversas e urgentes. O cenário com Fred pode, portanto, repetir o que Goiânia já viveu sob a gestão de Rogério: promessas que não se convertem em soluções concretas para a população. Rogério é o exemplo vivo de que, sem a competência necessária, mesmo boas intenções podem fracassar na prática. O caos que tomou conta dos serviços públicos durante seu mandato evidencia como a inexperiência pode desestruturar uma cidade.
Além disso, a campanha de Fred Rodrigues carrega um tom de radicalismo que aponta para uma agenda que, embora alinhada ao ideário conservador, tende a agravar a polarização na cidade. A retórica de ruptura proposta pelo candidato revela traços antissociais e antipobres, afastando-se das necessidades reais de inclusão e justiça social. Goiânia, que já sofre com a exclusão de suas populações mais vulneráveis, pode ver esse cenário se intensificar sob uma administração que, além de inexperiente, se mostra insensível às demandas das minorias e dos mais carentes.
A eleição municipal de Goiânia não pode se reduzir a uma batalha ideológica que ignora as necessidades práticas de sua população. A cidade precisa de soluções concretas, que atendam às demandas por saúde, educação, transporte e segurança pública de maneira eficiente e inclusiva. A experiência com Rogério Cruz deve servir de alerta: repetir os mesmos erros pode resultar em mais quatro anos de estagnação e desgoverno.
Fred Rodrigues, sem a qualificação necessária e com um discurso polarizador, apresenta os mesmos riscos que transformaram a administração de Rogério em um fiasco. O futuro de Goiânia depende de escolhas que priorizem competência e experiência em gestão, acima de alinhamentos ideológicos que, na prática, pouco acrescentam à vida da população.