Goiânia, 21/10/2024
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Marconi não consegue unir PSDB nem ao redor de Eduardo Leite

16/10/24

Mesmo com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tentando se posicionar como uma alternativa política em âmbito nacional, ele enfrenta dificuldades em unir seu próprio partido em sua cidade natal, Pelotas, onde a disputa pelo segundo turno da eleição municipal reflete a polarização nacional. O PSDB, sob a liderança do ex-governador de Goiás e presidente nacional da legenda, Marconi Perillo, não conseguiu alinhar seus quadros em apoio unânime a nenhum dos dois candidatos que disputam a prefeitura da cidade.

Pelotas, que é o quarto maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul, vive uma acirrada disputa entre Fernando Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL). Embora o PSDB tenha governado a cidade por mais de uma década, primeiro com Leite e depois com a prefeita Paula Mascarenhas, o partido não conseguiu avançar ao segundo turno neste ano. O candidato tucano, Fernando Estima, obteve 20,9% dos votos, insuficientes para garantir sua presença na etapa final do pleito. Marroni conquistou 39,6% dos votos, enquanto Perondi ficou com 31,6%.

Em uma tentativa de manter alguma coesão, o diretório do PSDB em Pelotas liberou seus filiados para votar de acordo com suas convicções. “O PSDB, mesmo sem unanimidade, mantém sua unidade. E nesse sentido, de forma consensual, libera seus filiados, simpatizantes e eleitores para exercerem o direito e o dever do voto no próximo dia 27 em Pelotas da forma que suas convicções e consciências o indicarem”, declarou o diretório em nota oficial, evidenciando a falta de consenso e a dificuldade de Marconi Perillo em unir o partido nem mesmo ao redor do governador Leite.

A divisão interna ficou ainda mais clara durante uma reunião do PSDB no dia 9 de outubro. A prefeita Paula Mascarenhas defendeu o apoio a Fernando Marroni, enquanto o deputado federal Daniel Treziack, uma figura influente em Pelotas, queria que o partido se alinhasse com Marciano Perondi. Essa divisão ilustra um cenário em que, apesar dos anos de administração tucana na cidade, o partido agora se vê sem um caminho claro a seguir.

O comunicado do PSDB também lamenta as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e os eventos climáticos extremos que marcaram os mandatos recentes, ao mesmo tempo em que critica a polarização política nacional e a gestão do orçamento da União. No entanto, essas declarações não foram suficientes para sanar as divergências internas.


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