Goiânia, 21/10/2024
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Vereadores criticam cortes na Comurg e pedem exoneração de comissionados antes de gratificações

18/10/24

Vereadores de Goiânia têm criticado a recente decisão da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) de cortar gratificações dos servidores efetivos, defendendo que a medida prejudica principalmente trabalhadores de baixo escalão. O vereador Izídio Alves (DC), que também é servidor da Comurg, classificou a decisão como precipitada e sugeriu que os cortes deveriam começar pelos cargos comissionados, os quais, segundo ele, representam um maior impacto financeiro para a empresa pública.

Alves argumenta que trabalhadores efetivos, muitos com décadas de serviço, dependem das gratificações para complementar suas rendas e que a exoneração de comissionados seria uma solução mais justa. Paulo Magalhães (UB) também se posicionou, afirmando que os cortes deveriam começar pelos altos salários, destacando que, segundo a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg, algumas gratificações chegavam a ultrapassar R$ 20 mil mensais, beneficiando familiares do ex-presidente da companhia.

O vereador Ronilson Reis (Solidariedade), ex-presidente da CEI da Comurg, classificou o corte das gratificações como um "mal necessário" para que o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) consiga equilibrar as contas do município. Reis afirmou que outras medidas ainda serão tomadas para garantir o equilíbrio fiscal e que, além das gratificações, metade dos cargos comissionados também devem ser cortados.

Por outro lado, Lucas Kitão (UB) alertou para o risco legal da medida, chamando-a de "pedalada administrativa". Segundo ele, os servidores afetados poderão processar a Comurg no futuro para recuperar os valores cortados, o que geraria uma nova dívida para a administração municipal. A Comurg, em nota, afirmou que o processo de reestruturação segue os princípios constitucionais da Administração Pública.


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