Goiânia, 21/10/2024
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Ausência de documentos sobre formação de Fred gera dúvidas durante candidatura à prefeitura

20/10/24

A formação acadêmica do candidato à Prefeitura de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, passou a ser alvo de questionamentos após a ausência de documentos que comprovem seu diploma em Direito. Durante o registro oficial de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Fred declarou ter ensino superior completo, mas a falta de comprovação documental gerou suspeitas sobre a veracidade da informação. Até o momento, o candidato não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

A assessoria de Fred afirmou inicialmente ao jornal Opção que ele concluiu o curso de Direito, mas, ao serem solicitados documentos comprobatórios, não houve mais resposta. No sistema Divulgacand, mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta que Fred declarou “Ensino Superior Completo”. O candidato já mencionou, em outras ocasiões, que estudou Direito na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Contudo, no ato do registro, o único documento anexado foi sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Especialistas consultados pelo jornal Opção explicaram que, embora a CNH possa substituir comprovantes de escolaridade em registros eleitorais, ela não confirma o nível de formação acadêmica. Isso levanta dúvidas sobre a validade da informação prestada por Fred Rodrigues.

Em 2020, quando Fred concorreu ao cargo de vereador, o documento utilizado para comprovar seu grau de instrução foi o certificado de conclusão do ensino médio. No portal da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), onde Fred exerceu mandato de deputado antes de ser cassado, consta que ele estaria “Concluindo bacharelado em Direito na PUC Goiás”. No entanto, a formação só é considerada completa após a integralização do currículo, com estágio e trabalho de conclusão de curso (TCC), além da colação de grau e emissão do diploma.

O advogado eleitoral Danúbio Cardoso afirmou que informar à Justiça Eleitoral uma formação acadêmica não concluída poderia ser interpretado como “crime de informação falsa”. Embora esse crime tenha menor potencial ofensivo, poderia resultar em processos criminais e gerar complicações para o mandato, caso o candidato seja eleito.

A PUC Goiás informou que não pode fornecer esse tipo de informação à imprensa.


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