Goiânia, 21/10/2024
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Maternidades públicas de Goiânia suspendem atendimentos por falta de pagamento

21/10/24

A crise na saúde pública de Goiânia se agravou com a suspensão de atendimentos nas três principais maternidades públicas da cidade, devido à falta de repasse da Prefeitura. O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) e a Maternidade Nascer Cidadã (MNC) mantêm apenas os serviços de urgência e emergência em funcionamento.

Lucilene Sousa, diretora-executiva da Fundahc, revelou que a falta de medicamentos e insumos essenciais é crítica, obrigando a suspensão de cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais. “Já estamos em desabastecimento total de medicamentos e até de alimentação para os pacientes”, afirmou. Desde o início das suspensões, cerca de 19 mil procedimentos, entre cirurgias, exames e consultas, deixaram de ser realizados.

Essa situação não é inédita. Em agosto, as maternidades já haviam enfrentado paralisações por motivos semelhantes, prejudicando o atendimento a gestantes e pacientes da capital e de municípios vizinhos. Segundo Lucilene, o problema tem histórico e afeta gravemente a saúde materna e infantil em toda a região.

Para tentar contornar a crise, a Fundahc propôs a criação de um comitê de crise com representantes técnicos do setor de saúde, visando avaliar as condições para a manutenção dos serviços.

No início de outubro, o Tribunal de Justiça de Goiás determinou o bloqueio de quase R$ 7 milhões das contas do Fundo Municipal de Saúde para garantir o pagamento referente a agosto.

A Prefeitura de Goiânia afirmou que os serviços de urgência e emergência já foram retomados no HMDI e que continua negociando para restabelecer o atendimento pleno em todas as unidades.


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