13/12/23
A administração do prefeito Rogério Cruz em Goiânia tem sido marcada por controvérsias em relação aos servidores públicos municipais. A ausência de diálogo parece ser uma característica da gestão, que enfrentou um acampamento de mais de 40 dias na porta do Paço Municipal protagonizado por servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação, além de greves de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e paralisação de médicos em busca de melhorias salariais.
A mais recente, inclusive, envolve o pagamento do piso salarial da enfermagem, que, mesmo previsto em Lei Federal desde 2022, só agora será efetivamente concedido pela Prefeitura de Goiânia, graças à obrigatoriedade legal. O valor estabelecido pelo piso é de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Vale ressaltar que o salário final de cada profissional dependerá da carga horária exercida.
A falta de planejamento evidenciada pela demora em implementar o pagamento do piso salarial revela uma postura questionável da administração municipal. A lei, aprovada em 2022, só será efetivada no pagamento referente a dezembro, com efeitos retroativos a maio. Tal ação levanta dúvidas sobre a priorização dos servidores por parte do prefeito Cruz, que acaba sugerindo que a decisão foi motivada pela proximidade do período eleitoral ou, ainda, pela falta de um planejamento financeiro eficaz por parte da Prefeitura de Goiânia.
