Goiânia, 26/12/2024
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Uma semana após derrota, Bolsonaro ainda não explicou por que vazou de Goiânia sem se despedir

03/11/24

Uma semana após ser derrotado em Goiânia, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não deu explicações sobre sua súbita saída da cidade sem dar declarações à imprensa. Bolsonaro escolheu a capital goiana como local para acompanhar o segundo turno das eleições, mas viu seu candidato Fred Rodrigues (PL) ser vencido por Sandro Mabel (União Brasil), aliado do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Mabel foi eleito com 55% dos votos, enquanto Rodrigues obteve 45%, em uma disputa que simbolizou um revés para Bolsonaro em Goiás.

No domingo, 27 de outubro, Bolsonaro passou o dia na residência do senador Wilder Moraes (PL), acompanhado de Fred Rodrigues e outros apoiadores, à espera de um resultado positivo. Ainda em Goiânia, ele comentou que “não há racha na direita” e reforçou que a base conservadora “sabe o que está em jogo”. Contudo, com a confirmação da derrota, Bolsonaro optou por não se despedir dos apoiadores, retornando diretamente a Brasília. Segundo informações da CNN, o ex-presidente saiu da cidade sem uma palavra sobre o resultado, deixando a coletiva para Fred Rodrigues, que discursou na sede do Partido Liberal em Goiânia.

Enquanto Bolsonaro deixava Goiânia sem explicações, Caiado comemorava o triunfo de seu aliado Sandro Mabel. A vitória na capital fortaleceu a posição de Caiado como líder político local, eclipsando figuras de alcance nacional como o ex-presidente. A relação entre Bolsonaro e Caiado é marcada por desentendimentos, e o governador declarou que o comportamento de Bolsonaro após a eleição foi “deselegante e desrespeitoso”.

“Eu não sou homem de fechar portas com ninguém, mas Bolsonaro foi extremamente deselegante e até desrespeitoso. A idade ensina a controlar um processo eleitoral e aglutinar forças. Só vamos vencer em 2026 [a direita] com uma convergência de ideias, aquele que conseguir aglutinar ideias para o PT não governar por mais quatro anos”, afirmou Caiado ao jornal O Globo, mostrando-se aberto a futuras colaborações, mas sem deixar de criticar a atitude de Bolsonaro.


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