07/11/24
Goiânia foi a única capital que não aderiu ao segundo ciclo do programa Escola em Tempo Integral, do Ministério da Educação (MEC), perdendo a chance de receber um fomento de R$ 3,2 milhões para 1.890 matrículas. A adesão deveria ter sido formalizada até 31 de outubro, e agora o recurso será redistribuído entre outras cidades. Apesar disso, o prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), esteve em Brasília nesta quarta-feira (6) e conseguiu uma extensão do prazo para pactuação até sexta-feira (8), em uma tentativa de garantir o recurso para 2024.
Segundo Mabel, ele obteve apoio dos secretários da atual gestão de Rogério Cruz (SD), que estão auxiliando na documentação necessária para tentar viabilizar a adesão. Mabel destacou que ampliar a educação em tempo integral é uma de suas metas e afirmou estar otimista quanto à finalização do processo. "Eu não me conformei em perder (o recurso) e consegui mais um prazo", declarou ele.
O MEC, em nota, informou que o prazo oficial de adesão já havia expirado, o que poderia inviabilizar a entrada de Goiânia no programa neste ciclo. Já a Secretaria Municipal de Educação (SME) ressaltou que a adesão ao programa envolve dificuldades, especialmente pela necessidade de contrapartida, como a abertura de novas escolas de tempo integral, o que está previsto para 2025. Além disso, a SME apontou que, atualmente, a rede municipal já possui 46 unidades de ensino integral, mas enfrenta um déficit de vagas em creches e pré-escolas.
A vereadora Kátia Maria (PT) foi a primeira a divulgar que Goiânia havia ficado de fora do programa federal, após ser informada por um representante do MEC. Ela tentou contato com o prefeito Rogério Cruz e o secretário de Educação, mas não obteve resposta. A SME afirmou que qualquer expansão de escolas de tempo integral implicaria em reduzir o número de vagas para atender à demanda local, já que essa modalidade de ensino requer estrutura e investimentos significativos para ser viável.
