08/11/24
Um aliado de Gustavo Gayer (PL-GO) confessou, em troca de mensagens no WhatsApp, o esquema de desvio de recursos públicos que envolve o deputado federal. A jornalista Daniela Lima, da GloboNews, detalhou o conteúdo da confissão, explicando os principais pontos e o início das investigações da Polícia Federal contra Gayer e sua equipe.
João Paulo de Sousa Cavalcante, dono do site "Goiás Online" e suplente de vereador em Goiânia, mencionou a um secretário do deputado que “havia muita coisa errada” na escola de inglês de Gayer, mantida em um local alugado com recursos da cota parlamentar. Esse diálogo foi central para a operação deflagrada em outubro contra o bolsonarista e outros 17 envolvidos.
A PF obteve acesso a essas mensagens após a quebra do sigilo telemático de João Paulo, já investigado por suposta participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. As conversas revelaram indícios de irregularidades na relação de João Paulo com o gabinete de Gayer: ele atuava como assessor, mas sua contratação foi formalizada através de sua empresa, Goiás Online, para driblar restrições da Câmara dos Deputados, devido a pendências na Justiça Eleitoral.
A PF identificou quatro possíveis crimes envolvendo Gayer: peculato por uso de verba pública para contratar João Paulo; peculato por desvio de recursos para uma empresa particular; falsificação de documentos para fundar uma OSCIP; e associação criminosa. A operação mobilizou 60 policiais para cumprir 18 mandados de busca em Brasília, Goiânia e outras três cidades.
Na GloboNews, Daniela Lima destacou os possíveis desdobramentos políticos e judiciais do caso, que coloca Gayer no centro de uma investigação por desvio de verbas públicas e falsificação documental.